Asequência de acontecimentos “inacreditáveis” que envolveram o Botafogo nas últimas rodadas do Brasileirão criou entre os torcedores um sentimento de terra arrasada. Dentro do ciclo vicioso do futebol brasileiro de sempre procurar um bode espiatório para o que acontece de ruim, essa culpa foi direcionada para os jogadores, principalmente os mais experientes, considerados líderes.

Não são poucos os pedidos de torcedores para que a diretoria se desfaça de alguns nomes mais desgastados, mas não é o que deve acontecer para 2024.

Dos 35 jogadores do elenco profissional do Botafogo, apenas sete deles têm o contrato se encerrando nesse mês de dezembro. Desses, apenas Di Plácido, titular na lateral-direita, e Lucas Fernandes de fato não devem ficar.

O meio-campista foi um dos destaques do time na temporada passada, mas perdeu espaço em 2023 e chegou a ficar três meses sem atuar antes de entrar no segundo tempo contra o Coritiba, na quarta-feira. Por isso, o alvinegro não pretende ativar a cláusula de compra fixada em 4 milhões de euros (aproximadamente R$ 21,3 milhões) e o jogador deve retornar ao Portimonense, de Portugal, para definir seu futuro.

Já Di Plácido viveu uma temporada de altos e baixos. O lateral até viveu bons momentos com a camisa alvinegra em 2023, principalmente no fim do primeiro turno, quando teve uma assistência e um gol em jogos importantes contra Grêmio e Bragantino.

Mas de maneira geral, o desempenho do argentino foi instável. Além disso, o valor de compra de 1,8 milhões de dólares (cerca de R$ 8,8 milhões) é considerado alto. Pesa ainda a idade elevada do defensor, que completará 30 anos em janeiro.

O Botafogo tem no elenco Mateo Ponte, jovem promessa uruguaia que foi titular na campanha do título celeste na Copa do Mundo sub20. Sem muitas oportunidades em 2023, Ponte deve ter mais chances na temporada que vem, quando estiver mais adaptado ao contexto do futebol brasileiro.

Além do uruguaio, o Botafogo tem o experiente Rafael como opção para a lateral pela direita.

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