Casa Branca demora a se pronunciar
Henry Kissinger recebeu homenagens pelo mundo após o anúncio de sua morte. O presidente russo, Vladimir Putin, disse que Kissinger “era um estadista sábio e visionário”. Um “velho e bom amigo do povo chinês”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin.
Já a Casa Branca divulgou no final da tarde de ontem um pronunciamento do presidente Joe Biden. A demora de quase 20 horas em emitir uma nota, praxe nesses casos, provocou questionamentos.
Biden elogiou o “intelecto aguçado” de Kissinger e disse que “é uma grande perda. Ele foi um homem que, você concorde com ele ou não, serviu na Segunda Guerra Mundial, serviu seu país corajosamente em uniforme, e por décadas depois disso”, afirmou.
Kissinger visitou e aconselhou todos os presidentes dos EUA desde então, com exceção de Biden. Cego de um olho, com a voz baixa, ele acumulou cirurgias cardíacas.
A mão forte de Kissinger ainda aparece em outras partes do mundo, do sul da África ao Timor Leste, passando pelo Oriente Médio, mas, para o historiador David Greenberg,
“ele foi superestimado como diplomata por seus admiradores e detratores”.
Professor da Universidade Rutgers e autor de livro sobre a Presidência de Nixon, Greenberg defende que foi Nixon, não Kissinger, o autor das políticas de distensionamento na Guerra Fria e de abertura da China. “Kissinger as executou, mas não as concebeu”.
Internacional
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2023-12-01T08:00:00.0000000Z
2023-12-01T08:00:00.0000000Z
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