Os esforços para diminuir a dependência do Brasil de fertilizantes importados pode dar forças novo investimento em fábrica para o Estado.

Foi aprovado essa semana pelo Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert) as diretrizes, metas e ações do novo Plano Nacional de Fertilizantes, cujo objetivo é dar competitividade e sustentabilidade à produção brasileira.

Atualmente, mais de 87% dos fertilizantes usados pela agricultura são importados. O horizonte do Plano é chegar a 2050 com uma produção nacional capaz de atendar entre 45% e 50% da demanda interna.

A possibilidade de fábrica de fertilizantes no Espírito Santo não é algo novo e vem sendo debatida nos últimos anos.

Em entrevista durante visita à Rede Tribuna, no início de novembro, a gerente-geral da Unidade de Negócios de Exploração e Produção da Petrobras no Espírito Santo, Eduarda Lacerda, afirmou que o projeto de uma fábrica de fertilizantes não está descartado.

A Petrobras chegou, no fim da década de 2000, a anunciar um investimento multibilionário em um polo gás-químico em Linhares,

no Norte do Estado, que incluía uma fábrica de fertilizantes. Anos depois, a empresa disse ter desistido do negócio.

No cenário de retomada da indústria de fertilizantes planejada pela Petrobras, o Espírito Santo já foi apontado meses antes como possibilidade pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. O trabalho seria voltado, principalmente, para produção de amônia e hidrogênio verde.

No início deste ano, o governo do Estado também havia sinalizado o interesse de retomar o debate e ainda em realizar estudo de viabilidade para apresentar à Petrobras.

Na última quarta-feira, o presidente Lula falou sobre a possibilidade de investimentos cruzados entre a Petrobras e Arábia Saudita para a produção de fertilizantes.