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Tratamento avançado para AVC no SUS

A trombectomia mecânica, que reduz as taxas de mortalidade e as sequelas graves, foi incorporada à Tabela de Procedimentos

Jonathas Gomes

Atrombectomia mecânica, procedimento avançado para o Acidente Vascular Cerebral isquêmico (AVCi), foi incorporada na Tabela de Procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS), na última sexta-feira, e vai ser oferecida nos hospitais públicos.

O procedimento é minimamente invasivo e é feito com o auxílio de um cateter que leva um dispositivo ao cérebro para desobstruir e restaurar o fluxo sanguíneo arterial após um AVCi, com janela de sintomas maior do que oito horas e menor do que 24 horas.

Assim, é possível reduzir as taxas de mortalidade e as sequelas graves pós-AVC, além de dar mais chances de recuperação aos pacientes. A explicação é da doutora em Genética e gerente de Ensino, Pesquisa e Inovação da Fundação iNOVA Capixaba, Ana Carolina Ramos.

A especialista reitera que, no Brasil, há apenas 17 centros credenciados para realizar o procedimento, sendo quatro públicos, entre eles, o Hospital Estadual Central Dr. Benício Tavares Pereira (HEC), em Vitória.

“É uma ótima notícia. A inclusão no SUS será um desafio, já que é necessária uma estrutura de mão de obra qualificada, fora a infraestrutura dos hospitais. Contudo, a um prazo menor, os centros credenciados no SUS terão investimento federal, e, assim, poderemos ampliar o atendimento”, pontua.

O neurologista Leandro de Assis Barbosa, coordenador do serviço de Neurocirurgia do Hospital Estadual Central (HEC), aponta que a trombectomia mecânica oferece maior qualidade de vida, aumenta a capacidade funcional e proporciona mais independência aos pacientes pós-AVC. Ele explica o impacto da inclusão no SUS.

“Já oferecemos a trombectomia mecânica, desde 2013, e participamos de pesquisas internacionais sobre o procedimento. Com a medida, outras macrorregiões do Estado devem passar a oferecer o procedimento, que é o melhor para os pacientes que tiveram AVC isquêmico”, explica o neurologista.

O Acidente Vascular Cerebral isquêmico (AVCi) representa 80% dos casos da doença e é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo, de acordo com o Ministério da Saúde.

Entre os fatores que aumentam a probabilidade de um AVC, estão a hipertensão, a obesidade e o tabagismo, por exemplo.

Cotidiano

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2023-12-01T08:00:00.0000000Z

2023-12-01T08:00:00.0000000Z

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